19 de março de 2009

Sinais dos tempos

Estará na altura de Victor Constâncio perceber que os "casos" BPN e BPP podem não ter tido consequências directas para si e para o Banco de Portugal (ainda ...), mas a verdade é que o prestígio da instituição está irremediavelmente comprometido.

Só assim explica que ontem tenha sido proposta a criação de um "provedor" do crédito, quando em qualquer um dos países do Euro, e até ontem em Portugal também, essa é uma competência do Banco Central: "Num mercado caracterizado pela liberdade contratual e pela inovação financeira, compete ainda ao Banco de Portugal verificar o cumprimento dos requisitos mínimos de informação aos clientes sobre as condições financeiras praticadas nas várias operações e serviços, bem como sobre os respectivos riscos.".

Não que concorde com a decisão - que é errada - mas convinha ao Governador do Banco de Portugal não continuar a fingir que não compreende as razões que levaram à mesma. É que mais importante que o ego do próprio é a instituição a que preside.


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